Petkovic: O adeus de um 'Gringo' craque que deixará saudades - Flamengo 1 x 1 Corinthians
Atualizado em 06/06/2011 12h50
Foto Capa do Site do Flamengo hoje em homenagem a Petkovic - Click na foto e abra o site oficial do Flamengo
Foto www.flamengo.com.br
Melhores momentos: Flamengo 1 x 1 Corinthians pela 3ª rodada do Brasileirão 2011
Brasileirão > Domingo, 05/06/2011
Em jogo que marcou a despedida de Petkovic em jogos oficiais, rubro-negros têm muita posse de bola, pressionam, mas não chegam ao gol da vitória.
Melhores momentos: Flamengo 1 x 1 Corinthians pela 3ª rodada do Brasileirão 2011
Em jogo que marcou a despedida de Petkovic em jogos oficiais, rubro-negros têm muita posse de bola, pressionam, mas não chegam ao gol da vitória.
Brasileirão | Última atualização: 05/06/2011
Melhores momentos: Flamengo 1 x 1 Corinthians pela 3ª rodada do Brasileirão 2011
Na despedida de Petkovic, William abre o placar para o timão, mas Renato cobra bela falta e empata.
Futebol Nacional | Última atualização: 05/06/2011
Confira imagens da despedida de Petkovic de jogos oficiais no Flamengo x Corinthians

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Brasileirão | Última atualização: 05/06/2011
Golaço de PetKovic de falta, aos 43 minutos do segundo tempo, contra o Vasco, que deu o Tri campeonato ao Flamengo em 27/05/2001

Há dez anos, jogador fez o gol da vitória do tricampeonato do rubro-negro.
O gol de Petkovic pelo Flamengo contra o Vasco em 2001 na voz de José Carlos Araújo
Há dez anos, jogador fez o gol da vitória do tricampeonato do rubro-negro.
Globoesporte.com | Última atualização: 25/05/2011 19h06
O golaço de Petkovic, no vídeo acima, de falta, aos 43 minutos do segundo tempo, no templo sagrado do futebol mundial o Maracanã, que deu o tri Campeonato ao Flamengo no dia 27 de maio de 2001, e eu estava no Maraca, narrado na voz desse monstro sagrado dos narradores esportivos do rádio brasileiro, o carioca José Carlos Araújo, batizado carinhosamente, pelos cariocas, de 'Garotinho' discípulo da melhor escola de narradores e comentarista esportivos do rádio brasileiro, a carioca, onde não se entrega um microfone na mão de qualquer um, cujos ouvintes e telespectadores exigentes, também não aceitam qualquer um, tem que ter talento, ser qualificado e passar no fonoaudiólogo para aprender falar.
Um domingo qualquer
Era um dia frio, sem chuva. Seria um dia chato, não fosse o Maracanã lotado e a expectativa de um título. Ele não era fanático, sequer tinha visto o estádio lotado na vida, até então. Tinha 13 anos e torcia, timidamente, para o Palmeiras, apesar de morar no RJ.
Naquele domingo seu pai o levou na final. De bandeira, camisa e ingresso na mão, chegou assustado com a multidão. Entrou faltando 15 minutos pra começar e, quando olhou em volta, disse: “Pai, quantas pessoas tem aqui?!?”.
- Muitas, filho… uma nação inteira, disse o pai.
Aquela multidão explodiu em faixas, bandeiras e papel picado minutos depois. O garotinho se encolheu com medo e sentou. Com 1 minuto de jogo a torcida levantou e não deixou que o guri visse mais nada. Ele ouvia, sentia, mas não assistia.
Seu pai, rubro-negro fanático, não tinha muita esperança de que seu pivete palmeirense um dia se envolvesse com futebol. Jamais mostrou grande interesse, e só torcia porque tinha um amigo que era palmeiras.
O Flamengo saiu ganhando, mas não bastava. Tinha que ser com 2 gols de diferença, ou nada. Seu pai explicou que “faltava um”, e o garotinho não entendeu. Afinal… vitória não é vitória de qualquer jeito?
Sofreu um gol, e ele não tirou sarro do pai como sempre fazia. Ficou triste, como que contagiado pela multidão. O outro lado, 40% do estádio apenas, fazia barulho, e ele ouvia o silencio da nação a sua volta. Segundo ele, o silencio mais dolorido que já escutou na vida.
O Flamengo fez o segundo, e o garotinho, se envolvendo com o jogo, vibrou. Pulou no colo do seu pai e o abraçou como se fosse um legítimo urubuzinho.
Não era, ainda.
A torcida começou a cantar o hino, que ele sabia de cor de tanto ouvir o pai cantar. Pela primeira vez, cantou num estádio, e fez parte da nação. A angustia de milhares não passou em branco. Em mais alguns minutos o garotinho suava e já rezava de mãos grudadas ao peito.
O Flamengo virou, mas não bastava.
40 minutos do segundo tempo. Mesmo com 2×1 no Placar, a nação ouvia gozações do outro lado. Ele não entendia, e fez o pai explicar, mesmo num momento dramático do jogo.
Atencioso, o pai sentou e contou pro garoto que o Flamengo precisava ter 2 gols de vantagem, porque a vitória por um gol empataria a soma de 2 jogos, e o empate era do rival. Ele não entendeu bem, mas simplificou em sua cabeça: “Mais um e ganharemos”.
Opa… “ganharemos”? Ele não era palmeirense?
E então, aos 43 minutos, onde alguns já se mexiam na direção da saída, uma falta do meio da rua. Seu pai vibrou e ele questionou: “O que foi? Foi pênalti!? “
- Quase isso, filho!! Dali pro Pet é pênalti!!, profetizou o pai, ignorando a distancia da falta.
A cobrança… o silencio eterno de 1 segundo e a explosão. Gol do Flamengo! Petkovic! E seu pai o abraça como nunca abraçou em toda sua vida. Pula, joga o garoto pra cima, beija, chora…
O garotinho, numa mistura de susto com euforia, olha em volta e, de braços abertos, comemora em silencio um gol que não era dele. Sem razão, ele chora. E chorando, abraça o pai que, preocupado, rompe a alegria e pergunta: O que foi? O que foi? Se machucou?
- Não… Eu to feliz, pai!
Sem mais palavras, o pai sentou e abraçado ao garotinho deu um abraço de tricampeão. O jogo acabou, e os dois continuaram abraçados.
A festa rolando, os dois assistindo a tudo aquilo emocionados, o garotinho absolutamente embasbacado com a cena, já que nunca havia visitado um estádio lotado, muito menos uma decisão. O pai olhava pro campo e pro filho, porque sabia que, talvez, aquele fosse seu único momento na vida onde teria a imagem de seu garoto comemorando um titulo do time dele.
E chorava, sem vergonha nenhuma de quem estivesse em volta.
O menino foi embora pensativo, eufórico. Em casa, contou pra mãe com uma empolgação incomum sobre tudo que viveu naquela tarde. E não falava do jogo, apenas da torcida. Iludido por uma frase, contou pra mãe:
- Aí, no finalzinho, teve um pênalti! E o Flamengo fez o gol…
- Não filho… não foi pênalti! Foi de falta.
- Mas você disse que foi pênalti…
- Era modo de falar…. hahahahahah
- Então, mãe… aí, o cara fez o gol e a gente foi campeão!!!
Pronto. Aquele “a gente” fez o pai parar de colocar cerveja no copo, virar a cabeça lentamente e perguntar, com medo da resposta:
- A gente, filho?
(silencio…)
- É pai! O Mengão!!!!!
Emocionado, o pai abraçou o garoto e não falou nada. Ali, seu maior sonho virava realidade. A mãe entendeu, deixou os dois na cozinha e saiu de fininho, enquanto o pai começava a contar de uma outra final que viveu em mil novecentos e bolinha, com toda a atenção do novo rubro-negro.
Hoje o garoto tem 21, completados há alguns dias.
Quando seu pai perguntou o que ele queria de presente este ano, a resposta foi essa:
- Dois ingressos, uma bandeira, a camisa nova e ver você chorando igual aquele dia.
E há quem diga que “futebol é bobagem”…
Por Rica Perrone
Rica Perrone é jornalista esportivo. Tem 32 anos, é casado, paulista, apaixonado pelo Rio, (sangue bom) torce pra quem bem entender e seca a Argentina até em par ou ímpar.
Se chama Ricardo, mas pra evitar confusão com outro "Ricardo Perrone" jornalista, usa o "Rica", seu apelido.
Apaixonado pelo carnaval carioca e torcedor da Mocidade de Padre Miguel.
Fala muito palavrão, ama futebol bem jogado e informa a muitos leitores que este não é um "blog de torcedor", logo, seu time não será necessariamente... (saiba mais)
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